terça-feira, 10 de agosto de 2010


“O principal objetivo da Terapia Psicológica não é transportar o paciente para um impossível estado de felicidade, mas sim ajudá-lo a adquirir firmeza e paciência diante do sofrimento. A vida acontece no equilíbrio entre a alegria e a dor. Quem não se arrisca para além da realidade jamais encontrará a verdade.” Carl G. Jung


quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Aos pacientes do C.O.H.M.



Queridos pacientes do Centro de Oncologia de Mossoró, local onde trabalhei durante 10 anos e ao qual nutro grande carinho. Assistindo ao Jô Soares, escutei uma frase maravilhosa do vice-presidente do Brasil que batalha contra um câncer raro e que me fez lembrar de todos vocês.

"Costumo dizer que se Deus quiser me levar, Ele não precisa de câncer para isso. E, se não quiser, não há câncer que me leve. Então, eu não tenho medo." (José Alencar - julho de 2010, entrevista do jô)

Não temam, lutem, essa é uma história que não é só sua, é de muitos e muitos estão na batalha com vocês, abraços saudosos.

Ana Katarina Gurgel

Alice no pais das maravilhas



Alice no Pais das Maravilhas é uma história fantástica e um clássico da literatura infantil, nos cinemas uma versão atualizada que ainda não tive oportunidade de assistir. É um conto que no decorrer da história é possível encontrar referências simbólicas que remetem ao universo psíquico. No site da revista cérebro e mente encontrei um artigo que compartilho com vocês.









A história, que começa com uma meninha que cai em um buraco, acena para um ritual, para a entrada em uma outra dimensão. O autor busca referências no mundo dos sonhos para deixar vir à tona a insanidade dos personagens. A todo momento, a protagonista (e também o leitor) se confronta com uma lógica muito particular, como a do inconsciente, na qual a razão é tomada, invadida e superada. Nesse sentido, há um trecho especialmente curioso:

– Mas eu não quero ir para o meio de gente maluca – observou Alice.
– Ah, não adianta nada você querer ou não – disse o Gato. – Nós somos todos loucos
por aqui. Eu sou louco. Você é louca.
– E como é que você sabe que eu sou louca?
– Bem, deve ser – disse o Gato – ou então você não teria vindo parar aqui.


No mundo povoado por criaturas inusitadas, a gama de esquisitices (e possíveis patologias) é vasta. A Rainha apresenta um quadro de narcisismo exacerbado, ausência de compaixão e de empatia, além de tendência a comportamento violento. A Lebre e o Chapeleiro, por exemplo, parecem viver um uma loucura compartilhada (folie à deux): têm vínculo emocional forte e comungam crenças delirantes, principalmente em relação ao tempo (ambos crêm que são sempre 6 horas). A Duquesa é claramente incapaz de acolher um bebê: sacode o descontroladamente e recomenda que as crianças apanhem por espirrar, pois “obviamente” fazem isso para irritar os adultos. O Coelho Branco tem indícios de euforia e transtorno de ansiedade. O Albatroz sofre de narcolepsia. A centopeia é dependente de alucinógenos.

O título inicial dado à aventura inventada por Charles Lutwidge Dogson (verdadeiro nome do autor) – e oferecida de presente de Natal à pequena Alice (essa sim, uma garotinha de verdade) – era “As aventuras de Alice debaixo da terra”. Ao ser publicado pela primeira vez, em 1865, porém, o texto recebeu o título pelo qual o conhecemos hoje. Dois anos depois, Carroll escreveu Através do espelho e o que Alice encontrou lá, que também faz alusão ao mundo onírico.


Fonte: revista cérebro e mente

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

"Amar é suportar ser ridículo. A partir dos 30 anos as pessoas estão escaldadas, já tiveram decepções amorosas. Daí o medo. Mesmo assim, vale a pena arriscar novamente, ainda sabendo que pode se ferrar de novo. Mas se a pessoa só se ferra, é hora de desconfiar de suas más escolhas. Tem gente que tem prazer em sofrer."
Jorge Forbes. Todo Mundo Quer Amor - Entrevista para a revista Marie Claire, dezembro de 2001

Puberdade precoce



A Puberdade chega mais cedo nesse século. Crianças estão entrando na puberdade por volta dos 8-10 anos de idade




Sua filha trocou a boneca pelo batom mais cedo do que você imaginava? Ela não é a única. Um estudo americano publicado no site da Pediatrics, da Associação Americana de Pediatria, neste mês mostrou que a idade em que as meninas começam a entrar na puberdade caiu nas últimas duas décadas. A tendência é que essa queda continue a acontecer. A pesquisa "Pubertal Assessment Method and Baseline Characteristics in a Mixed Longitudinal Study of Girls” avaliou o início da puberdade em mais de 1200 jovens em três cidades.
Os pesquisadores descobriram que 10,4 % das meninas brancas não-hispânicas tinham começado a puberdade aos 7 anos – o estudo levou em consideração o desenvolvimento dos seios – em comparação com 23,4 % das meninas negras e 14,9 % das meninas latino-americanas. Entre as meninas de 8 anos, a puberdade começou em 18,3 % das garotas brancas não-hispânicas, 42,9 % das meninas negras e 30,9 % das meninas latino-americanas. O começo precoce da puberdade pode ser causado por uma combinação de fatores genéticos, ambientais e individuais, como o peso. Sinais como o aparecimento de pêlos pubianos e o crescimento das mamas, porém, não devem ser encarados como um problema em garotas dessa faixa etária em todos os casos. “Nem sempre é indicativo de uma patologia. Às vezes, é mesmo o desenvolvimento natural, já que o início da puberdade varia muito para cada indivíduo”, explica o endocrinologista do Hospital São Luiz, Alex Carvalho Leite. De acordo com ele, é provável que o aumento não seja tão alto assim. Isso porque a medicina evoluiu bastante nos últimos anos e, atualmente, faz pesquisas e diagnósticos que antes não eram possíveis. O conselho aos pais é que, ao notar sinais de que a puberdade está começando muito cedo, levem os filhos ao pediatra para uma consulta. Ele decidirá se é o caso de encaminhar a um endocrinologista para solicitar exames específicos. Só assim será possível detectar se a situação é patológica e precisa de tratamento ou não. Os tratamentos variam conforme as causas do problema e podem ser despendiosos. Como fazem parte da política de saúde do governo, no entanto, muitos podem ser obtidos na rede pública.

Fonte: Revista Crescer

segunda-feira, 2 de agosto de 2010